Nesse artigo, vamos explorar as causas, tratamentos e como evitar que uma queloide impacte a sua perfuração! Os cuidados após a aplicação de um piercing são essenciais e exigem uma rotina de higienização que por mais simples que seja, nem sempre é seguida a risca pelos furados. Mas, mesmo que seja seguida corretamente, não há uma garantia que a perfuração irá cicatrizar de forma tranquila 100% das vezes, pois há situações que fogem do controle, como é o caso do surgimento de queloide.
Primeiro de tudo: o que é uma queloide?
De forma simples, a queloide é uma reação exagerada do organismo durante o processo de cicatrização. Ela ocorre quando há um crescimento excessivo do tecido cicatricial, um acumulo de pele, formando uma lesão elevada, de coloração normalmente rosada ou avermelhada, que causa desconforto estético e, em alguns casos, coceira ou dor.
Como há uma confusão entre algumas pessoas, é importante destacar que por mais parecidos que os problemas possam ser, queloide é bastante diferente de granuloma, que resumidamente é uma reação inflamatória do organismo, que tem um aspecto de espinha avermelhada e pode ser tratado com laserterapia.
E todo mundo pode ter queloide?
Embora seja possível, a queloide dificilmente será gerada por um fato externo. Dessa forma, o problema ocorre em pessoas que já têm predisposição genética, ou seja, que naturalmente encontram dificuldades no processo cicatricial já que o corpo tende a gerar um acumulo desnecessário de tecido regenerador em volta de lesões e feridas.
Como tratar queloide no piercing?
A verdade é que não há como tratar uma queloide na perfuração corporal ou, pelo menos, não há como um perfurador corporal fazer isso. Nem mesmo a laserterapia que salva os granulomas da jeito.
Se você for Piercer, o certo, em casos de formação de queloide em torno de perfurações corporais, é recomendar que o seu cliente procure um médico especialista, um dermatologista, para providenciar o tratamento adequado que, na maior parte das vezes, será a remoção do bolo tecidual através de uma mini cirurgia.
Por mais simples que o problema pareça, não tente resolver sozinho, já que isso pode gerar um agravamento da situação e até uma cicatriz definitiva na região. Sério: sempre procure um médico!
Isso significa que se eu tiver predisposição a queloide, não posso fazer um piercing?
Não chega a tanto!
Mesmo com predisposição a queloide, é possível fazer uma perfuração corporal, ter uma cicatrização tranquila e um resultado final mega satisfatório.
No entanto, a predisposição naturalmente vai gerar mais riscos a cicatrização e é necessário redobrar os cuidados nessa fase e, em casos de predisposição mais aguda, conversar com um médico especialista sobre a ideia de fazer piercing.
Quais cuidados quem tem predisposição deve ficar mais atento na hora de furar?
Aqui estão algumas dicas para evitar o problema:
- Evite traumas no local: não mexa ou rode a joia. O atrito pode agravar o processo de cicatrização e facilitar o surgimento de queloides.
- Escolha bem o material da joia: sabendo que se tem predisposição, torna-se ainda mais ideal utilizar joias de titânio nas perfurações para evitar processos alérgicos.
- Mantenha a rotina de limpeza recomendada pelo profissional Piercer: higienize o piercing diariamente com sabão neutro, faça compressas e não utilize produtos agressivos, como álcool ou água oxigenada.
Seguindo corretamente essas recomendações, por mais que tenha predisposição genética a queloide, os riscos de desenvolver o problema na sua perfuração serão consideravelmente minorados e você poderá ter uma cicatrização tranquila e ter um piercing lindo no final.
No entanto, caso ainda assim o queloide se instale, o correto é avisar seu profissional Piercer e procurar um médico dermatologista para o tratamento adequado.